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1864 Cert. Casamento Joaquim Bento Pereira da Silva

Casamento em Villa Penha (Penha do Rio do Peixe) com Pulcina Vieira Da Conceição
1864 Casamento Joaquim Bento Pereira da Silva

Joaquim Florianno Pereira da Silva
Pulina Vieira da Conceicao

Ao primeiro dia do mes de Setembro de mil oitocentos e sessenta e quatro nesta Villa da Penha, por despacho do Muito Reverendo Vigario da Vara dispensando o terceiro grao mixto ao segundo por consaguinidade, depois de cumpridas as penitencias, em minha presença e das testemunhas Doutor Joaquim Florianno de Araujo Cintra, e José Antonio Paes Pinto, se receberão em Matrimonio por marido e mulher Joaquim Florianno Pereira da Silva filho legitimo de Bento José Pereira da Silva, e de Bernadina Carolina de Alvarenga ja falecida, e Pulcina Vieira da Conceição filha legitima de Jose Joaquim Vieira, e de Anna Francisca de Jesus, naturaes e baptisados nesta Villa, dando ambos sao fregueses e logo receberão as benções nupsiaes.
O Vigario Gandencio Ferreira Pinto
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Óbito de Amelia Pereira da Silva

Incluido aqui porque essa filha de Antonio Pereira da Silva nasceu em Porto, Portugal, e veio para Penha do Rio do Peixe, que pode indicar uma ligação entre Porto e Penha do Rio do Peixe.
Talao No. B Pagina 299
Republica dos Estados Unidos do Brasil
Estado de: Sao Paulo. Municipio de: Itapira
Comarca de: Itapira. Distrito de: Itapira

REGISTRO CIVIL
Renato Pereira [ stamped ]

Óbito No. 14.664

CERTIFICO que à fls. 143 do livro No. C-40 de registro de Óbitos, foi feita hoje, o assento de Amalia da Silva Teixeira falecido aos 26 de Julho de 1952 às 18 horas 30, em Sanitorio Americo Bairral, do sexo feminino, de côr branca, profissão doméstica, natural de Porto - Portugal, domiciliado —— e residente em S. Paulo Capital, com 74 anos de idade, estado civil viuva filha de Antonio Pereira da Silva, profissao —, natural — e residente —
Foi declarante [Saucio Japan] sendo o atestado de óbito firmada p [Elongil] Pereira de Teixeira’ o sepulamento foi feito no Cemitério desta cidade
Observacoes: Viuva de Manoel Rodrigues Teixeira
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Gazeta Paranaense 25 Abril 1888

Artigo no jornal relatando as circunstancias perante a morte do delegado de policia Joaquim Firmino de Araujo Cunha
GAZETA PARANAENSE - QUARTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 1888


Penha do Rio do Peixe

Damos em seguida o inteiro theor de despacho de pronuncia, proferido pelo integerrimo juiz municipal da Penha do Rio do Peixe, dr. José Maria Largacha Junior, contra os implicados no assassinato do ex-delegado daquelle termo, Joaquim Firmino de Araujo Cunha.
“Vistos e examinados estes autos, etc.
Julgo procedente a denuncia de ls. 2, contra os reus: David José Pereira da Silva, Olegario Pereira da Silva, José Venancio Adorno (vulgo Juca Venancia), Joaquim Rodrigues de Moraes Bastos, João Jakson Klink, dr. James H. Warne e seu filho Joaquim Warne, Antero Cintra, Pedro Bueno, João Climaco de Souza Ferreira (vulgo Joao Philadelpho), José Manoel Pereira da Silva, Manoel Bento Pereira da Silva, Deodato Serrano Cintra, José Calixto de Almeida, capitao Manoel Vicente de Araujo Cintra, capitao Joao Baptista Cintra, Jose Gomes da Cunha (vulgo Juca do Barreiro), Jose Avelino Gomes da Cunha, Henrique Joaquim de Alvarenga, Joaquim Bento Pereira da Silva, Valentim Ferreira da Silva, Luiz Antonio Ribeiro, Francisco Job (administrador da fazenda de Joaquim Gomes da Cunha), José Lopes, Maximiano e Joaquim Claudio (empregados da fazenda de Joaquim Bento Pereira da Silva) Martinho Americano (administrador da fazenda do mesmo Joaquim Bento Pereira da Silva), João de Souza (empregado da fazenda de David José Pereira da Silva), Samuel Alves e Antonio Mendes, empregados da fazenda do Joao Augusto Pereira da Silva, Jesumo, empregado da fazenda de José Venancio Adorno, Delfino Alves de Moraes, e Antonio Fidelis; porquanto das provas constantes do summario da culpa verificam-se os factos allegados.
Está provado que, na madrugada de 10 para onze de Fevereiro do corrente anno, no lugar denominado Cubatão, suburbios desta cidade, n’um pasto pertencente a Luiz Antonio Pereira, os réus acima declarados reuniram-se armados para fim criminoso já antes premeditado, tendo trazido em suas companhias camaradas e capangas, formando um grupo de 100 a 200 pessoas, que, depois de esperarem durante 3 horas ocoreu Luiz Antonio Ribeiro, que tinha promettido vir trazendo a sua gente, como este se demorasse, tomaram a deliberacao de por em prática o seu criminoso proposito, que era, a pretexto de prender escravos
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fugidos, desfeitar e commeter violencias contra o delegado de policia do termo, Joaquim Firmino de Araujo Cunha e outros cidadaos, como os factos posteriores demonstraram.
Com [efleito], a uma voz dada, partiram todos a pè, desse ponto, tendo antes guardado os animães no pasto de Joao Ferreira e subiram a ladeira de Cubatão e descendo pela rua do Commercio, ao chegarem em frente a casa de Joaquim Bento Pereira da Silva, pararam; e ahi, depois de certa demora e tendo se unido ao grupo Manoel Bento Pereira da Silva, Joao Valentim Ferreira da Silva, Jose Avelino Gomes da Cunha, que, nessa casa estavam á espera da passagem do mesmo grupo, dirigiram se pela mesma rua, até a casa do Joaquim Firmino de Araujo Cunha, delegado de policia em exercicio neste termo.

Logo após começou aos gritos de: Deita para fóra negros! Appareçam os abolicionistas! etc.. o quebramento de portas, tiros e vozerias, deante da referida casa, tendo uma parte do grupo cercados os fundos desta, tendo uma parte, arrombando o portão, dando tiros e fazendo alarido.

Joaquim Firmino de Araujo Cunha, acordando se attonito, desorientado com as detonações de tantos tiros, vozerias, vendo sua casa assaltada e arrombada alta noite, tentou fugir, e dizendo á dua mulher estas palavras. “Estamos perdidos; trate de se salvar com os seus filhos”, procurou, percorrendo o compartimentos de sua casa uma sahida, e tendo sua mulher se atirado por uma janela, que dava para o quintal, de altura de tres e meio metros, arremessou se Joaquim Firmino de Araujo Cunha pela mesma janella, tendo em vista galgar o muro, e alcançar o quintal visinho para assim ver-se livre de seus perseguidores.
Foi, porem, infeliz, e cahiu no seu proprio quintal, e no meio da gente, que debaixo dessa janella á sua espera estava; e foi espancado, recebendo os ferimentos que se acham descriptos no auto de corpo de delicto de fls 1[ ] a 13, os ques lhe causarem a morte.

Esta provado que os reus só depois de realisarem o seu designio, é que se retirarem do lugar do delicto, e que, depois de morto Joaquim Firmino d’Araujo Cunha, nao satisfeitos ainda com o que acabavam de praticar, dirigiram-se para a casa de Bento da Rocha Campos, que tambem foi assaltada e arrombada, escapando o mesmo Rocha das violencias, porque, momentos antes, tinha fugido com sua familia, assim como depois seguiram para a casa de Pedro Candido de Almeida que, avisado em tempo, fugiu com sua familia, e por essa forma escapando aos desacatos que os reus praticaram.
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Quasi todas as testemunhas que depuzeram no inquerito policial, e alguns dos reus neste processo dizem que foram convidados por fazendeiros para virem a cidade agarrar negros fugidos, que se achavam em casa de Joaquim Firmino de Araujo Cunha, e o proprio Joao Kakson Klink, no seu auto de perguntas a fls. 116 e 119, diz que o convite feito a elle para fazer parte desse grupo tinha o fim acima declarado.
Quando mesmo se demonstrasse que o intuito dos reus fosse apenas atacar a casa do delegado de policia, com o fim de prender escravos fugidos, é claro que não os isentaria isso da culpabilidade como autors, porque os desacatos, tropelias e assassinato commettido resultaram como consequencias immediatas do seu procedimento, que era illicito, como praticado sem attenção ordinaria, pois que podiam prover todas as consequencias resultantes.
Mas, os factos posteriores demonstraram que não era sómente esse o intuito dos réus, pois era natural que tendo se excedido da combinação feita, e succedido a morte, tratassem todos de retirar-se, e sentindo a surpreza de um facto que não premeditaram, não proseguissem nas mesmas tropelias, contra as casas de outras cidadãos.
Assim não exclue da responsabilidade criminal a allegação dos réus presos, que não negam os factos, e que a elles estiveram presentes, de dizerem que vieram apenas com a intenção de pegar negros fugidos.
Joaquim Firmino de Araujo Cunha, era accusado de não querer capturar escravos fugidos, e nem empregar a força publica nesse mistér ; era também apontado como acoutador de escravos fugidos, e na noite em que sua casa foi assaltada, dormiam alli dous escravos, um pertencente a David José Pereira da Silva e outro pertencente a Joaquim Rodrigues de Moraes Bastos, réus neste processo ; estes escravos de dia andavam pelas ruas a não estavam escondidos como consta a fls. 146, verso, 161, verso e 170, verso.
Estas circumstancias explicam a razão do odio que os réus podiam nutrir contra o delegado, e leva-los a cometer o crime, em vez de procrarem os recursos legaes contra a autoridade, a quem imputavam falta de exacção do cumprimento de seus devéres.
Verifica-se mais, que houve combinação ou accordo entre os réus para esse fim, como disseram as testemunhas e foi nessa conformidade de que o réu Antero Cintra, primeiro supplente do delegado de policia do termo, logo que ouviu os estampidos dos primeiros tiros, foi a cadeia e prohibiu a guarda que sahisse, dizendo ao sargento commandante do destacamento que o grupo era muito grande, e que a cadeia tinha muitos prezos, e que dava essas ordens, porque Joaquim Firmino de Araujo Cunha, não era mais delegado de policia da Penha do Rio do Peixe ; que quém estava com a delegacia era elle, porque tinha recebido um telegramma do dr, chefe de poilicia, nesse sentido, communicando a demissão do mesmo Joaquim Firmino de Araujo Cunha, como se vé a folhas 45 e 61 ; quando tudo era falso e simples estratagema para aceitar a realisação da desordem premeditada.
Quanto ao réu Luiz Antonio Ribeiro, pois que, era esperado, tinha prometido vir, como são contestes em affirmar todas as testemunhas, trazendo camaradas, e fez parte do convenio, auxiliou nos actos prep[aratorios do crime, deu força, é visto que concorreu directamente para a perpetração do mesmo crime, e por isso deve ser considerado co autor do assassinato practicado.
Portanto, por todos estes principios e pelo mais que dois autos consta, e disposições de direito, pronincio os réus acima declarados, como incursos no art. I92 do nosso codigo criminal, visto concorreram as circumstancias aggravantes do art. 16 SS 1,6,8,14 e 17 ; sujeito-os a prisão e livramento.
O escrivão passe mandado de prisão contra os reus que ainda não se acham presos, e recommende os réus presos na prisão em que se acham, e lance os nomes de todos elles no ról dos culpados, pagas as custas pelos mesmos, em que os condemno ; e remetta este processo ao meretissimo dr. juiz de direito da comarca, para quem recorro na forma da lei. — Penha do Rio de Peixe, 9 de Abril de 1888, José Maria Largacha Junior.
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GENEALOGIA PAULISTANA - 1904 - Volume 2º

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https://en.calameo.com/read/000780615a65af598f95c

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4-3 Ignacio Pires de Carmargo casou 1a com Ignacia Leme da Silva, 2a vez na Cotia com Luzia Pereira Domingues filha de Onofre Pereira da Silva e de Marianna Vaz Domingues. Tit. Tenorios.


6-2 Antonio Lopes de Medeiros casado em 1750 em Atibaia com Anna Moreira de Godoy f de Domingos Rodrigues de Goes e de Maria Jose de Jesus Teve q.d.
7-1 Manoel Cardoso de Godoy casado em 1786 na freguezia de Camandoica com Narciza Maria de Oliveira filha de Bento Pereira da Silva e de Clara Gomes

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7-3 Anna Rodrigues da Conceicao casou em 1804 em Atibaia com Joao Baptista Tavares, natural de Portugal, e teve q.d.
8-1 Joao Baptista Tavares, + em Braganca, onde casou com Leonor Nardy de Vasconcellos (irma do major Salvador Nardy de Vasconcellos, tambem + em Braganca) f.os do capitao Jose Marcellino de Vasconcellos e de Fransisca Leoniza. Tit. Alvarengas Teve:
9-1 Salvador Nardy + em Itapira
9-2 Fabricia + em Itapira
9-3 Carolina casada com Jose Pereira da Silva viovo de …
9-4 Flora + solteira
9-5 Francisca casada com …
9-6 Francisco Octaviano de Vasconcellos Tavares, fazendeiro no municipio de Iptapira, cadado com Anna Izabel Pereira, irma de Jose Pereira da Silva No 3-9 Tem 2 filhas
9-7 Joao Baptista de Vasconcellos Tavares casado em Itapira com Helena Pereira, irma de Jose Pereira da Silva, supra. Com geracao.

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6-1 Fransisco Xavier de Siqueira casado em 1768 em Mogy das Cruzes com Anna Maria Barbosa filha de Miguel Pereira da Silva e de Antonia Ribeiro 6-2

PAGE 174
6-2 Maria dos Santos Chaves casada em 1765 em Sorocaba com Antonio Pereira da Silva filho de Gonçalo Pereira e de Caetano Moreira, da cidade de Porto

PAGE 197
9-1 Julio Cesar de Moraes casado em 1872 no Rio de Janeiro com Adelaide Augusta, já +. filha de José Maria Pereira da Silva, natural de Portugal, e de Policena Maria Com 6 filhos

PAGE 248
5-1 Antonio de Faria Sodre que casou com Leonor Moreira filha de Domingos Alvares da Silva e de Thomazia Pedroso da Silveira, em Tit. Alvarengas, 2a parte: 2a vez casou com Anna Clara, do Arraial dos Prados, filha de Antonio Pereira da Silva e de Thomazia de Oliveira. Teve q.

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7-4 Anna Francisca de Oliveira casou em 1783 com Ricardo Alvares Cardoso filho de Ignacio Alves de Castro e de Antonia Cardoso: segunda vez em …


PAGE 272
… 1795 em Nazareth com Miguel Dias de Macedo filho de Domingos Dias Ferreira e de Rosa Pereira da Silva
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A primeira vereadora fluminense

CONSIDERAÇÕES DA SRA. ITÁLIA SOARES. ELEITA PARA A CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS
Cumprindo a letra constitucional do Estado do Rio, os 49 municipios fluminenses elegeram, no dia 5 de julho, os vereadores que devem compor suas Câmaras Municipaes e os prefeitos que devem substituir os que estavam nos postos como depositarios da confiança do governador, execpção aberta quanto ao prefeito de Nitheroy, que nesta primeira legislatura ainda sera dc livre escolha do executivo estadual.
Diversos municípios, conforme lemos divulgado já installaram as suas Câmaras c estão sendo governados pelos eleitos pelo povo. Domingo, constltucionalizou-se Vassouras, que incluiu dentre os seus edis uma senhora, a esposa do secretario do Interior e Justiça, sr. Soares Filho, que é natural daquelle município.
Presidiu a céremonia o juiz de direito que deu posse aos seguintes' vereadores: Itália Soares, Edgard Ballard, Manoel Francisco Bernardes Netto, José Teixeira Portella, Telemaco Gomes da Cruz, Antonio Soares Vieira, dr. Carlos Nabuco dc Araújo, Francisco Gomes dos Reis Sobrinho, Sylvio Guimarães, .Vario Bernardes Pinheiro, Edmundo Bernardes, Manoel dos Reis Carvalhido e João Ribeiro Nunes.
Empossados os vereadores eleita a Mesa directora dos trabalhos, teve logar a posse do prefeito Bonifacio de Macedo Portella.

PALAVRAS DA PRIMEIRA SENHORA ELEITA PELO POVO' FLUMINENSE

Nas eleições municipaes, diversas foram as senhoras candidatas as Câmaras Municipaes mas, até agora, a única eleita é a sra. Italia Soares, que, por signal, foi de todos os vereadores o mais votado.
Sclente dos seus preparativos para a posse, fomos procural-a, no Canto do Rio, em Icarahy, onde o secretario da Justiça fluminense tem installada a sua residência.
Após vencermos os primeiros obstaculos decorrentes de sua modestia fez-nos a vereadora as seguintes declarações:
— "Se o feminismo não se tem tornado uma realidade em nosso paiz com a emancipação política da mulher e sua relativa alforria civel eu não seria feminista.
Sou das que pensam que a mulher nasceu para o lar e para a vida de familia, cabendo-lhe exercer seducao ou pela belleza, ou pela graça ou pela bondade associadas a virtude que e o perfume moral a dimanar-lhe do ser.
Quero com isso dizer que o “meu feminismo” está condicionado a estas idéas e a sua propria existencia legal. Chamada a servir como vereadora derei o meu concorso à Camara de Vassouras, municipio que é o berço natal do meu marido, tambem politico ali. Recebi elevado numero numero de suffragio, tendo sido mesmo — em meio dos cadidatos — o mais votado.
Indicada por chefes prestigiosos, urnas unanimes sagraram-me o nome. Não o digo por vaidade, mas satisfeita com o apoio de um eleitorado independente a uma expiracao que nunca alimentei e que se traduziu na honorosa investitadura que acetei.
Na realidade vassourense — de tão nobres tradições — collaborarei pelo bem colletivo zelando pela boa applicação das rendas publicas. Quanto a isto posso assegurar que confio nas minhas forças e na minha experiencia de dona de casa — que a sabe dirigir como esposa e como mãe.
Em nosso amigos vitems havia inscripcoes da economia. Lembro-me de duas: “Vintem ganho vintem poupado” e “A economia é a base de prosperidade”. São velhas expressões proverbiaes que apesar de sua trivialidade podem merecer a attenção dos que lidam com a coisa publica.
Oxalá houvessemos conservado nas moedas esse velho estylo educativo:
De forma que, fóra desse proposito, só estarei de acordo com as medidas e providencias extritamente necessarias ao desenvolvimento da historia communa fluminense, sem planos sumptuarios, quinquenais ou não …
Sentinela do erario! Ela o posto que cobiço. Simples de habitos, essa simplicadade se afina com os desejos que alimento de igual o povo de Vassouras.
As mulheres votam e são votaveis e, por semelhante motivo, comparticipam das assembleias legislativas e do governo. É de lei, embora eu as preferisse sob o tecto residencial, zelando pelo esposo e criando, acarinhando e educando os filhos” — concluiu a politica vassourense.
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O conto de PEDRO CARLOS DA GAMA LOBO PITTA

Pedro Carlos da Gama Lobo Pitta, que depois foi capitao do Exercito, sobre a sua ação nos dias do movimento revolucionario,
r1M283 PEDRO CARLOS DA GAMA LOBO PITTA —
O cadete, depois capitão Pedro Carlos, nasceu na Província Cisplatina, sendo filho do Coronel Joaquim Claudio Barbosa Pitta, natural de Portugal, que ali se achava no exercito de ocupação e de sua mulher Maria José da Gama Lobo, tambem natural de Portugal.
De uma filha natural de Tristão Barreto Pereira Pinto, irmão do marechal Sebastião Barreto, e de Eufrasia Joaquina de Souza Lobo. – Leocadia Joaquina Pereira Pinto, nascida em P. Alegre, teve Pedro Carlos um filho, Antonio da Gama Lobo Pitta, que nasceu em Porto Alegre em 28-X!!-836.


Pedro Carlos da Gama Lobo Pitta, que depois foi capitao do Exercito, deixou as informações até hoje inéditas, sobre a sua ação nos dias do movimento revolucionario, e entregues ao dr. Ramiro Barcellos que foi um grande estudioso desse período da historia do Rio Grande. Registrando-as aqui oferecemos magnifico subsídio aos historiadores desde a marcha de Corte Real, da Cochoeira, até as prisões a que se refere a relação que anotámos:

“No dia 3 de Janeiro de 1836, sendo 1o cadete do 3o regimento, com 16 anos de idade, me apresentei ao coronel Affonso de Almeida Corte Real, coronel em chefe da legião do departamento de Cachoeira. Já o encontrei com alguma força.

No dia 16, acamparam perto de Cachoeira, cerca de 300 homens, na margem esquerda do Capané. No dia 21 fui nomeado ajudante de campo de Corte Real.

Até 30 de Janeiro chegavam mais de 160 guardas nacionais, formando-se 5 esquadrões de 98 praças:
1.o Esquadrão da Cachoeira, ao mando de Antonio Manoel de Azambuja.
2.o Esquadrão do Rio Pardo, ao mando de Fransisco de Paula do Amaral Sarmento Menna, tendo por subalternos Sebastião Guedes e Antonio Manoel de Amaral; e como praças Amaral Ferrador, Wenceslau seu irmão, Fructuoso Fontoura, Portinho, etc.
3.o Esquadrão da Encruzilhada, tendo por chefe o tenente Chico Ribeiro.
4.o Esquadrão de Caçapava, do major Don Firmino.
5.o Esquadrão de Guerrilhas, ao mando do capitão Agostinho de Mello.

No dia 3 de Fevereiro foram mandadas diferentes partidas a buscar cavalhadas. Voltaram no dia 12 trazendo mais de 600 cavallos mansos e cento a tantos pôtros. Na noite de 13, houve uma disparada de potrada, que quasi nos deixou a pé.

No dia 15 teve o Coronel parte de alguns bombeiros que tinham visto reboliço de aguada e uma partida no outro lado do Irapuá.

Nessa noite marchou em descoberta o capitão Agostinho de Mello com 60 carabineiros, e Sebastião Guedes com 40 homens de reserva, voltando no dia 20.

Nessa mesma noite levantamos o acampamento, deixando os fogões accesos.

No dia 21 estavamos aquém de Iruhy, ficando o quartel-general em casa de Clarindo, filho do Coronel Bibiano, tendo feito uma marcha de 5 leguas.

Foi collocado meio esquadrão no passo …. legua acima do Passo Geral e foram mandados diferentes bombeiros e um próprio a Cachoeira, ao cirurgião Gaspar.

No dia 23 chegou ao acampamento o major João Manoel de Lima e Silva com seu piquete.

Nesse mesmo dia recebeu Corte Real officio de Bento Gonçalves, prevenindo que talvez tentasse Bento Manuel ir á Capital, e que tinha dado ordem ao tenente-coronel Moraesinho para se lhe ir encorporar com 300 homens.

No dia 25 veio dar ao acampamento, fugido de Cachoeira, o importante liberal Fontoura, trazendo a notícia de ter sido preso ali por forças de Bento Manoel o cirurgião Gaspar (que morreu depois na Presiganga em Porto Alegre) Gaspar era amigo de Bento Manoel e este sempre pousava em sua casa.

No dia 26 de manhã, alguns bombeiros participaram que, aquém de Pequeri, tinham visto grupos em diversas direcções. Corte Real reuniu conselho de officiaes; foram aumentados os piquetes e reforçado o passo geral; a guerrilha teve ordem de promptidão, e fortes destacamentos passaram além do Iruhy em quarto de légua, marchando também a guerrilha.

Ao toque de alvorada de 27, o piquete do centro deu alguns tiros e se retiraram todos, vindo formar na retaguarda da guerrilha, que se achava estendida. A’s 7 horas, de cima da colina, descobriu Corte Real com um óculo de alcance, a curta distância, uma força de mais de mil homens, em columna cerrada.

A’s 8 horas, a nossa força, em número de 500 homens, tendo na frente a guerrilha com mais de 100, formou nas alturas aquém do passo, em 4 esquadrões, do modo a não deixar o inimigo calcular a sua força.

A’s 9 horas, apareceu na vanguarda uma guerrilha, com protecção de 3 esquadrões, vindo desenvolver-se em frente a nossa a tiro de arma. O grosso da força, indo acampar na quebrada de dois cerritos, entre alguns capões, ficando escondido à nossa.

Bento Manoel fez seu quartel-general na estância do finado Fredo, a 6 quadras da nossa vanguarda.

Principiando tiroteio nas guerrilhas, apareceu um parlamento de Bento Manoel, intimando que dessemos o passo, com promessa de perdão, e que entregassemos os officiaes do exército considerados desertores.

Corte Real respondeu que sua força não podia concordar, mas que devendo chegar a todo o momento o Coronel Bento Gonçalves, se quizesse esperar 4 horas, dando suspensão poderia ser attendido por este, que se achava a meia légua.

Neste interim recebeu um officio comunicando que a major Moraesinho se achava na quinta do Coronel Ribeiro, mudando de cavallos. Fui mandado a meia redea ao seu encontro, em ordem de marchar a trote largo para o acampamento, e logo que chegasse se escondesse do inimigo atraz da collina que fica a direita do passo, e que ahi encontraria remonta de cavallos.

A pouco mais de meia légua encontrei a força, que acelerou a marcha.

A’ 1 hora da tarde de 28 chegou, desenvolvendo-se em duas columnas. Passei a galope o passo a dar parte a Corte Real.

Encontrei-o entre as duas guerrilhas conferenciando com o brigadiero Gama e outros officiaes legalistas. Disse em vós alta:-- Bento Gonçalves chegou á Quinta; sua vanguarda ali está e elle não pode demorar.

Gama retirou-se, recuando a guerrilha mais de cem braças, sem dar um tiro.

Pelas 4 horas veio outro parlamento prometendo amnistia promettendo amnistia em nome do presidente a dando prazo, afim de evitar efusão de sangue, até as 8 horas do dia seguinte.

A tarde passou-se como se nada houvesse, chegando à fala muitos conhecidos.

Toda a noite houve vigilância, com fogos apagados, a contrastar com o acampamento de Bento Manoel, onde houve fogos bem claros, até às 11 horas ou meia noite.

Ao romper da aurora, não sendo avistada a vanguarda inimiga, foram mandados bombeiros em diversas direcções. A’s 7 horas veio parte de que a força de Bento Manoel fora avistada do outro lado do Pequery e que, no trajecto de legua e meia do Iruhy, se encontravam malas, armas e até assados de véspera.

Por três guardas nacionais que se passaram, soube-se que Bento Manoel tinha vindo com intenção de bater Corte Real, entre Capané e o Pequery; e que, tendo-se encontrado com Iruhy, logar escalvoso para manobrar a cavallaria e contando-lhe a juncção do Major Lima e da vanguarda de Bento Gonçalves, se retirara, procurando a junccao de Gabriel Gomes, que se achava no Lagoão, na estancia de Feliciano Fortes, com 400 homens.

Ao anoitecer marchamos, indo as cavalhadas na retaguarda. A’s 10 horas da noite, fizemos alto no passo real do Pequery. A’s 4 horas fez-se alto de novo, recebendo ordem o capitão Francisco de Paula para, ao romper da alva, carregar sobre o passo geral do Capané, tendo de reserva o esquadrão de seu irmão Antonio Manoel.

Ao romper do dia nos pechamos com uma guarda de mais de 40 homens ao mando do capitão João Propicio Menna Barreto, tendo uma protecção em um rancho alem do passo. Foi uma surpresa esplendida.

Essa força correu em debandada pela encosta do Capané, em direcção á força de Bento Manoel.

Nossa columna passou incontinenti por meios esquadrões, fazendo marcha em esquadrão de lanceiros para proteger a vanguarda e bem assim os carabineiros do capitão Agostinho de Mello.

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Bento Manoel não teve tempo senão de calçar uma bota, deixando até a mala de couro com seus papeis, e mal podendo formar uma guerrilha para organisar uma força.

Alcançado pela nossa vanguarda, houve, entrevero, de que resultou algumas mortes e bastantes feridos.

Da columna foram despregados dois esquadrões, commandados pelo capitão Azambuja e Sebastião Guedes. Desta arte levamos de envolta a força de Bento Manoel por mais de 6 leguas, não sendo elle preso por não termos tempo de mudar cavallos.

Chegando á estancia de D. Maria, do Lageado, num passo escalvoso que há além da casa, se fizeram fortes, dando tempo a Bentos Manoel de mudar de cavallo e salvar a força, que tinha de certo de ser debandada antes de chegar á Capellinha.

Ahi tivemos feridos e contusos; entre outros o bravo Balthazar de Bem, gravemente contuso no peito.

Por ordem do major Lima, o tenente-coronel Moraesinho com 3 esquadrões se dirigiu a galope a um passo, á esquerda do Passo Real, afim de cortar-lhes a retirada. Tendo percebido este movimento, abandonarem a resistencia. Já Bento Manoel, com o grosso da força, alcançava a Capellinha na estancia do brigadeiro Alencastro.

A’s 4 horas acampamos perto de Capellinha, e nossas avançadas ainda perseguiram a Bento Manoel perto de meia legua.

No dia 3 de Março nossos bombeiros deram parte que a força de Bento Manoel tinha levantado campo de Lagoão em direcçao ao Passo dos Enforcados, em Camaquam. Foram mandados proprios a Bento Gonçalves.

Na manhã de 4, teve parte Corte Real que Bento Manoel se ia em direcçao a S. Gabriel, em marcha accelerada, arebanhando cavalhadas.

No mesmo dia, as 5 horas da tarde, marchamos, indo acampar no passo de Santa Barbara, no passo de cima.

Ali estivemos os dias 5 e 6, em que marchamos em direcçao do Passo Geral, de S. Sepé.

No dia 7, João Manoel com 200 e tantos homes, marchou para Caçapava.

No dia 11, acampamos no Rincão do Formigueiro, alem de S. Sepé.

No dia 14, marchamos, em numero de 650 homens, em direcção ao Passo de Vacacahy (Passo de Rocha) e dahi em pequenas marchas no dia 20 para o Passo do Rosario.

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Corte Real teve participação official que Bento Manoel para ali se dirigia com 1.300 homens, tendo nessa força os cascos do 3o e 5o regimento de linha. Um officio de Bento Gonçalves, recebido nesse dia, ordenava a Corte Real que não atacasse a Bento Manoel e o levasse em direcçao a S. Gabriel, onde elle se achava com mais de mil homens, no passo do Pinto, nos campos de capitão Fidelis; que, neste caso Antonio Netto cortaria a retirada de Bento Manoel com mais de 300 homens.

Nesse mesmo dia Corte Real, entregou-me officias para o major Lima com quem estive a 3, e que me mandou com offiicios ao presidente Marciano em Porto Alegre, tendo ordem para entender-me no Rio Pardo com o commandante da guarnição, o tenente-coronel Amaral, pae.

Este entregou-me presos, para levar a Porto Alegre, o marechal de Exercito João de Deus Menna Barreto, José Joaquim de Andrade Neves (pae do Barão de Triumpho) e outros.

No dia 17 de Junho foi preso e mandado com o vice-presidente Marciano, José de Paiva Magalhães Calvete, Alexandre Ferreira Ramos, tenente de artilharia Reis de Alpoim, 2o tenente Marques, Xavier Ferreira e outros em numero de 12 e fomos os primeiros presos saidos de Porto Alegre para o Rio de Janeiro. Tivemos ferros nos pés no patacho Pojuca e fomos provar a casa forte da ……”

(Resumido de um fragmento dos apontamentos fornecidos ao Dr. Remiro Barcellos pelo capitão do exército Pedro Carlos da Gama Lobo Pitta) (Arq. Hist. – R.G.S.).

Publicações do Arquiva Nacional, Brasil, 1918
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1887 Artigo sobre o nauvragio do Cruzador Imperial Marinheiro

1887 Artigo sobre o nauvragio do Cruzador Imperial Marinheiro
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